A decisão sobre o novo valor do salário mínimo está prevista para ocorrer através de votação na próxima quarta-feira (16), na Câmara dos Deputados . Para defender uma proposta intermediária de R$ 560, organizações sindicais prometem ocupar o Congresso Nacional nesta terça-feira (15). Os trabalhadores pediam, inicialmente , um salário de R$ 580; o Executivo , por sua vez , oferece R$ 545.
De acordo com Wagner Gomes, presidente da CTB, a mobilização, que contará com a presença de trabalhadores e trabalhadoras de várias regiões do Brasil, começará amanhã , a partir das 14h, e terminará somente após a votação . A ideia, segundo ele , é conversar com deputados e presidentes da Câmara e do Senado sobre a proposta do salário mínimo defendida pelas centrais sindicais.
"Agora , nós defendemos uma proposta intermediária . Nem os R$ 545 do Governo , nem os R$ 580 das centrais sindicais. Sugerimos uma proposta intermediária de R$ 560”, destaca. Para Wagner Gomes, a questão está justamente no aumento real do salário mínimo .
Dessa forma , Gomes destaca que a luta das centrais sindicais é em garantir um "aumento real ” no salário mínimo de trabalhadores e trabalhadoras. O presidente da CTB lembra, inclusive , que o aumento real foi uma promessa do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata à presidência , Dilma Rousseff, em 2010. "No ano passado , o presidente Lula e a candidata Dilma garantiram que o salário teria aumento real ”, comenta.
Gomes ressalta ainda que as centrais sindicais querem do Governo apenas "o mesmo socorro ” prestado para vários setores da economia durante a crise financeira . "Durante a crise , o Governo socorreu vários setores da economia – o que consideramos importante . Pedimos agora é que façam também o mesmo socorro com o salário ”, demanda .
A indefinição sobre o valor do salário mínimo para 2011 não é somente entre Governo e centrais sindicais. Duas emendas também defendem valores maiores que o proposto pelo Governo : a do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que sugere R$ 600; e a dos Democratas (DEM), que defende o reajuste para R$ 560. (Karol Assunção , da Adital)
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