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Descaso com a zona rural
Dá para acreditar? A desadministração do desprefeito Maurino Magalhães (aquele Midas às avessas que destrói o que encontra pela frente e o que foi deixado atrás pelos que o antecederam) devolveu R$ 10 milhões que seriam para a regularização e urbanização de 77 vilas do território marabaense.
A denúncia é da vereadora Vanda Américo que disse ter recebido a informação pessoalmente do ministro das Cidades, Mário Negro Monte.
A devolução de repasse federal se dá, em regra, porque o prefeito que a recebe não tem competência ou vontade política para executar os projetos que lhes deram origem. Pior: a devolução implica ainda no pagamento de juros e correção monetária daquela verba específica.
Pela mesma razão, ou seja, o descaso com as milhares de famílias assentadas em vilas, o Ministério Público do Maranhão ingressou, em 28 de junho, com duas Ações Civis Públicas, sendo uma por ato de improbidade administrativa contra o prefeito de Santa Luzia, Márcio Leandro Antezana Rodrigues. Na fundamentação, o MP enfatizou que o estado de conservação da estrada não revela apenas simples ineficiência, mas sim descaso e total abandono, cuja conseqüência é o completo isolamento dos moradores da região. E frisou que além de recursos próprios disponíveis, através de convênio o Estado repassou ao município R$ 720 mil para a realização de serviços de recuperação de estradas vicinais.
Descaso com a zona urbana
Vanda Américo, segundo o jornal Opinião, com informações da Câmara, disse que a prefeitura pagou em junho R$ 2,4 milhões à Leão Ambiental, empresa para a qual Maurino terceirizou a limpeza pública, num processo que não contemplou a apreciação do Legislativo e agora está lhe rendendo mais uma ação civil pública do Ministério Público por improbidade administrativa.
Se os pagamentos são visivelmente exorbitantes, nas ruas você não vê que serviço estaria sendo feito para justificá-los.
Vale insistir que ao longo de cinco anos a terceirizada vai receber quase R$ 110 milhões da prefeitura, quase uma duplicação e meia da Transamazônica (paga pela União, e que Maurino insiste em dizer que é dele...)
Com a terceirização da coleta de lixo, Maurino já tem três serviços repassados à iniciativa privada. Os outros são a merenda escolar e a iluminação pública. Sobre a merenda, recentemente duas toneladas de alimentos que deveriam ser destinados à merenda escolar da rede pública foram parar no lixão após estragarem em depósito do Departamento de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação.
Quanto à iluminação pública, comenta-se que por estar sem receber tarifas de prédios públicos, a Rede Celpa deixou de repassar à prefeitura a taxa recolhida da população, de sorte que há bom tempo nenhuma lâmpada queimada dos postes tem sido substituída, estando a cidade com inúmeras ruas na escuridão e em estado de insegurança.
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