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terça-feira, 19 de março de 2013

Como diria Jorge Ben: Os alquimistas estão chegando...




Tema da eleição de 2014: o novo Estado de Carajás

Lúcio Flávio Pinto
Jornalista paraense. Publica o Jornal Pessoal (JP)
Adital

Estado do Carajás, separado do Pará. Foto: Wikipedia
Carajás pode vir a ser o grande tema da eleição de 2014. Os grupos políticos com aspiração ao poder já montam suas bases no sul do Estado para uma disputa que promete ser intensa. Pode ser simplesmente para definir ou consolidar uma forte base política local. Mas pode ser também um passo alentado para a retomada do projeto da criação do Estado de Carajás.
Há movimentos visíveis e barulhentos, como os antagonismos em torno da nova diretoria da Associação dos Municípios do Tocantins-Araguaia. O governador Simão Jatene deslocou seus emissários para pressionar pela eleição de Sancler Ferreira, de Tucuruí, que acabou vencendo João Salame, de Marabá.
A grande diferença de votos indicaria a força de Jatene no sul do Pará. Mas pode não ser exatamente assim. Salame era do esquema de apoio aos tucanos até se desentender com o líder maior do PPS, o deputado federal Arnaldo Jordy, que aderiu por inteiro ao esquema de poder do PSDB.
A divergência, que podia ser considerada apenas paroquial, foi ganhando substância à medida que Salame foi se tornando porta-voz de uma nova investida pela redivisão territorial do Pará. Como não está mais garantida pacificamente a manutenção da liderança de Marabá sobre as demais regiões, Salame precisa demonstrar sua disposição através de atos concretos.
Ele acusou o governador de ter recorrido a meios nada éticos para conquistar adesões entre os prefeitos da Amat, a mais antiga das associações de municípios, prometendo ou realizando obras de nítido objetivo eleitoreiro. A reação corresponde a um autêntico rompimento. Como o governo já mostrou que vai usar todas as suas armas para se impor politicamente na região, o prefeito de Marabá não tem alternativa senão procurar um aliado forte.
Esse aliado parece ser Jader Barbalho, que está concentrando sua atuação na região de Carajás. Além de visitas constantes aos municípios que integram o território do pretendido novo Estado, o líder do PMDB está criando uma estrutura de suporte para aviventar sua presença numa área que o tem hostilizado, mas na qual está longe de se ter incompatibilizado.
Sua nora, casada com Jader Filho, tem uma universidade baseada em Marabá que está se ampliando. É uma boa fonte de prestígio e influência. Mais do que ela, é o jornal Correio do Tocantins, o mais antigo e de maior penetração na região.
A propriedade do jornal saiu das mãos do seu fundador, Mascarenhas, e da empresa que ele criou, a Marabá. Mascarenhas já só aparece no expediente como fundador. A direção efetiva da empresa responsável passou a ser a Carajás Rede de Comunicação, que tem como presidente João Chamon Neto e como diretor de redação Patrick Roberto.
Por enquanto, o tema da redivisão está latente.Mas logo se apresentará e terá nova força. Apostará na incapacidade de Belém continuar a ser a capital de todo o vasto Pará.

3 comentários:

Anônimo disse...

que dizer o salame trocou o jatene pelo barbalho.Trocou 6 por meia duzia.Os dois são contra a criação do estado de carajás.
A diferença é o oportunismo do barbalhão que quer eleger seu filho a governador do Pará ou do Carajás.

Anônimo disse...

A motivação é sempre a mesma, É preocupante essa "tomada" ou "entrega" das rédeas do Projeto Estado de Carajás para os Barbalho. Concordo que é trocar 6 por meia duzia. Isso, demonstra, mais uma vez, que os políticos locais, tem mas não exercitam o "coletivo". É cada um por sí e Deus por todos.Acho muito temerario ter Jáder e família, à frente dessa empreitada. E, por favor, não me venham com a esfarrapada justificativa de que "ele rouba mas faz". Essa campanha de interiorização dos Barbalho há muito foi deflagrada. Cara que sempre viveu da política, detém um imperio de comunicação sem justificação plausível. De Marabá, é mais uma família que dobra os joelhos para político "ficha suja", só interessando o dinheiro. Não devemos aceitar essa condição. Temos pessoas capazes de gerir o futuro Carajás com eficiencia. Será o "abraço do urso" caso se concretize a intenção dos Barbalho. 19.03.13, Mba.-PA.

Anônimo disse...

Caro amigo e colega.

A história antiga nos fala de Pirro, rei de Épiro e da Macedônia, que tinha um poderoso exército e ao tentar subjugar os romanos na famosa batalha de Ásculo, obteve a vitória às custas de um preço muito alto, pois perdeu 3.500 homens e ao final pronunciou a histórica frase: "mais uma vitória como esta e estarei definitivamente acabado, derrotado." A partir daí ficaram conhecidas como "vitórias de Pirro", as conquistas que, aparentemente, até achamos termos obtido (vencido), mas que, na verdade, não passam de uma tremenda derrota.
Haveria alguma semelhança com o quadro traçado pela noticia postada por você?