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sexta-feira, 22 de março de 2013

Maus frutos


As críticas preconceituosas do pastor Marco Feliciano (PSC – SP) não se restringem aos negros e aos homossexuais. Em junho de 2012, o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias declarou que a luta pelos direitos da mulher atinge a família e estimula o homossexualismo.
Segundo O Globo, a declaração foi dada em uma entrevista para o livro “Religiões e política”, uma análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e LGBTs no Brasil. Na entrevista, Marco Feliciano critica o movimento feminista e diz que suas reivindicações podem levar a uma sociedade predominantemente homossexual.
“Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos. Eu vejo de uma maneira sutil atingir a família; quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só se tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos”, diz o pastor na página 115 do livro.
O pastor Marco Feliciano responde a ação no STF por homofobia e estelionato. Ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que considerou discriminatória uma frase postada pelo pastor em sua conta no Twitter. “A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição”, dizia a mensagem.  No mesmo processo, Gurgel citou outro post no qual o parlamentar fala sobre raças. “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica”. Porém, segundo Gurgel, Feliciano não responderá por racismo, já que a frase “está no limite entre a ofensa à raça negra e a liberdade de expressão”.
Feliciano também responde por estelionato por ter faltado a um compromisso em São Gabriel (RS), pelo qual recebeu a quantia de R$ 13.362,83. O pastor optou por comparecer a um evento no Rio de Janeiro, que lhe pagou um cachê mais caro. 

Um comentário:

Anônimo disse...

O óleo fervente tem caldo engrossado dia a dia. Acho que o "pastorzinho" vai se afogar na "fritura". Em 27.03.13, Marabá-PA.