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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Suspenso empréstimo à Bertin S/A

O Banco Mundial não vai mais financiar a expansão na Amazônia do frigorífico Bertin, objeto de um contrato em março de 2007. É o que assegura a Ong Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, em nota pulicada sábado (13/06), acrescentando que a International Finance Corporation (IFC), braço para setor privado do Banco Mundial, “já decidiu cancelar o contrato com o frigorífico - maior exportador do Brasil e segunda empresa do setor no mundo - e solicitar o imediato pagamento do valor ainda pendente, equivalente a US$ 30 milhões”. Desde 2006, Amigos da Terra tem mantido informada a diretoria do IFC sobre as graves violações de sua política que este empréstimo, de US$ 90 milhões, representava. Junto com as entidades do GT Florestas do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, alertou o conselho do banco para a falta de estudos sobre os impactos que seriam gerados pelo aumento da capacidade industrial da Bertin S/A em três estados da Amazônia. Depois, chegou a informar o conselho sobre o fato de que os documentos submetidos para a aprovação interna apontavam para informações substancialmente diferentes da realidade. Mesmo assim, o empréstimo foi assinado. “Sucessivamente, diz a Amibos da Terra, se confirmaram todos os desdobramentos antecipados pela entidade. A Bertin não só seguiu comprando gado de produtores ilegais, mas ampliou suas compras na região, afetando terras indígenas e florestas de forma crescente. Objeto de multas milionárias por parte do IBAMA, procurou sustá-las até que foram objeto de divulgação pública. Em abril deste ano, no relatório A Hora da Conta, Amigos da Terra denunciou que a Bertin realizava, em sua planta de Tucumã, compra de gado de São Félix do Xingu, algo que contrariava um compromisso assumido com a IFC em janeiro de 2008”. O diretor de Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi , comemorou a decisão: "Parabenizamos o IFC pela decisão e esperamos que isso sirva de lição no futuro. Agora o importante é que o BNDES faça o mesmo: como pode um banco público seguir sócio de uma empresa com tamanhos passivos? Na segunda-feira solicitaremos a inclusão dos financiadores no pólo passivo das ações que estão correndo na Justiça Federal". O BNDES, no ano passado, financiou a Bertin com mais de R$ 2,5 bilhões e adquiriu expressiva participação na mesma. Smeraldi concluiu: "conforme alertamos em nosso relatório de abril, chegou realmente a hora da conta: a hora em que os bancos acatem nossa proposta de começar financiar uma drástica redução da área ocupada pela pecuária na Amazônia, para um terço da área hoje utilizada, pondo fim a qualquer expansão."

2 comentários:

Anônimo disse...

esses caras querem que vivamos como indios, enquanto esses já nem vivem mais assim; acho que é intromissão dessas ONGs estrangeiras, o MPF entra para aparecer, já que a maioria dos procuradores é de fora e aceita essa tese de que a Amazônia é intocável!

Anônimo disse...

ESSAS ONG´S SÓ SERVEM PARA RCEBER DINHEIRO PÚBLICO E ATRAPALHAR O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS