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quinta-feira, 26 de abril de 2007

Sensação de insegurança

Hiroshi Bogéa conta em seu blog, nessa quinta-feira, que foi acordado por telefone dando conta de possível ação de agentes federais em pontos distintos da cidade. “O zum-zum dava conta de movimento envolvendo a busca de empresários locais. Boato. A própria PF desmentiu ao blog a existência da operação”, diz ele. Boataria ou não, me conta alguém do ramo, o certo é que o “zum-zum" provocou uma correria a consultórios de cardiologistas e terreiros de babalorixás, enquanto a internet quase entra em curto com tanto acesso às empresas de aviação. “Tão grande foi o atropelo nas ligações celulares, diz meu informante, que algumas empresas de telefonia móvel chegaram a pensar em alugar mais canais de satélites para atender a demanda”. Noutra ponta, e na medida em que se desfez a boataria, deu-se um exagerado aumento no consumo de água (até da Cosanpa!) com açúcar, remedinho caseiro para sopros no coração, além dos fármacos para estabilizar alta de pressão arterial. Festa no apê Bogéa também repercute no seu blog a denúncia levada por pescadores ao Correio do Tocantins sobre a existência de bandoleiros armados no lago de Tucuruí e o plantio de maconha nas ilhas do reservatório. A partir desses dois fatos, é possível elaborar uma explicação racional, científica, para o crescente surto de loucura entre os tucunarés do lagoão de Tucuruí, que vivem, completamente loucos, ao que consta, dando marrada no paredão da barragem sem eclusa. Presume-se que a sobra do processo de irrigação da biomassa alucinógena, representada pela impressionante quantidade e qualidade da cannabis sativa plantada em cada centímetro quadrado de cada ilha do lagão, cai na água e deixa a peixalhada muito doida, digamos assim. Isso explicaria inclusive o olho esbugalhado dos tucunarés vendidos na feira da 28, e certos resquícios colaterais que se manifestam em organismos humanos mais sensíveis. Bogéa, aliás, pondera que “de natureza anfíbia (meu Deus!), logicamente os tucunas não podem usar colírio e nem óculos escuros” e indaga como fazem para escamotear a "sujeira". E eu é que sei? Por outro lado, leitor que mora na região e diz não querer complicar-se, isto é, identificar-se, afirma que a notícia tem fundamento: “São bastante conhecidos no Porto Santa Rosa, a 80 km de Jacundá, na beira do lago, os caras que mantêm gangues percorrendo as ilhas em busca de peixe barato e pagando para quem plantar maconha. Só a polícia quem não enxerga”, conclui. E eu é que sei? De qualquer forma acho que o anônimo quis dizer que "as gangues que percorrem as ilhas" estão, na verdade, em busca de peixes chegados ao maior barato, qualquer coisa assim.

3 comentários:

Hiroshi Bogéa disse...

A notícia já chegou ao Congresso provocando alvoroço no gabinete do Gabeira.Por quais caminhos ainda não sei como sua assessoria consegui meu e-mail informando da possibilidade do deputado descer em Tucuruí nas próximas horas. Ele não se conforma ser o último a saber da mutação de humanos para anfíbios os efeitos alucinógenos da arretada qualidade da cannabis sativa plantada no lago: quer ver de perto a cor do barato.

Ademir Braz disse...

Mas logo o Gabeira? Ele acaba vindo mesmo, ao menos exibir seu esqueleto de Coringa (inimigo do batman) com tanguinha de crochê nas águas do tocantins...

Val-André Mutran  disse...

Hehehhehe! Que barato!!!