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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cosipar faz 1ª exportação pelas eclusas

A Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) faz hoje , a primeira exportação de ferro-gusa durante a inauguração das eclusas de Tucuruí. Duas embarcações da MC Log, empresa do Grupo Cosipar, vão fazer a travessia pela hidrovia, ligando Marabá ao Porto de Vila do Conde (Barcarena), em Belém. A primeira barcaça levará o presidente Lula e sua comitiva, e a segunda, vai transportar 300 toneladas de gusa.
Para o projeto da Hidrovia de Tocantins, a MC Log investiu, em parceria com o BNDES, US$ 50 milhões na construção de três empurradores, um guindaste flutuante e 18 novas barcas no padrão Mississipi para exportar sua produção através da Hidrovia de Tocantins. As primeiras embarcações têm capacidade para 700 toneladas cada uma, enquanto os modelos Mississipi vão transportar 2 mil toneladas de gusa por barcaça.
De acordo com Luiz Carlos Monteiro, presidente da Cosipar, o evento da transposição é um marco histórico para o país: “Representa o início da criação de um sistema hidroviário, abrindo novas atividades para mineração, indústria e agronegócios no Centro-Norte do Brasil. A complementação das obras com o derrocamento do Pedral do Lourenço a chamada cachoeira de Lourenção será fundamental. Torço para que tenhamos um novo eixo de desenvolvimento do país capaz de alcançar 100 milhões de toneladas/ano no Centro-Oeste e Norte”.
Além de reduzir pela metade o tempo de travessia, o transporte hidroviário abre nova via de escoamento da produção gerada no Centro-Norte brasileiro, tornando os produtos mais competitivos.
Apostando na sustentabilidade, ao optar pela hidrovia, a Cosipar vai contribuir para a redução de CO2 na Amazônia, uma vez que os empurradores das embarcações são movidos a biodiesel e o produto exportado, o ferru-gusa, não é poluente.
mais de 25 anos a região espera a conclusão das eclusas. “É um componente importante para a estrutura da navegação fluvial, que o Brasil tem uma grande limitação de rodovias. Com o sistema de integração dos rios Tocantins e Araguaia em funcionamento, aumentaríamos a capacidade de navegação de 500km para 2.400km. É um benefício ambiental, econômico e social”, explica Monteiro.
O presidente da Cosipar estima reduzir em 100 vezes a emissão de gás carbônico durante o processo de exportação. A empresa será a primeira a exportar gusa pela hidrovia através de comboio de 8 embarcações com 5.400 toneladas, o equivalente a 200 carretas, ou conjunto de 9 barcaças totalizando 18 mil toneladas de gusa.
Pioneirismo na exportação de ferro-gusa
Operando no Pará há 25 anos, a Cosipar é uma das mais importantes companhias de siderurgia do país com atuação nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e México. Foi a primeira indústria de ferro-gusa a se instalar em Carajás, em 1986. Realizou o primeiro embarque de gusa destinado ao mercado internacional no Porto de Ponta da Madeira, em São Luis, no Maranhão. Através do Porto de Vila do Conde, a Cosipar também fez a primeira exportação do produto. Hoje, tem capacidade para produção de 400 mil de toneladas/ano de gusa, destinadas à exportação.
Pioneira no restabelecimento da navegação no rio Tocantins, a Cosipar começou a escoar o gusa, antes transportado em vagões da ferrovia, por via fluvial, parcialmente, uma vez que as embarcações navegam em trecho de 160 quilômetros até o lago de Tucuruí. No local, o ferro-gusa é transferido para caminhões que vão rodar 4 quilômetros e despejarão o produto novamente em comboios de embarcações para seguir outros 300 quilômetros de viagem até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena. Com a operação das eclusas, esse bypass será eliminado, uma vez que as embarcações seguirão diretamente para Vila do Conde.

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