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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Política agrária de Jatene chega a Parauapebas



O  juiz da Vara Agrária de Redenção autorizou o batalhão de choque da polícia militar, a despejar 29 famílias, assentadas pelo Incra no projeto de Assentamento Carajás I, no município de Parauapebas. A liminar foi deferida pelo Tribunal de Justiça depois de ter sido negada pela Juíza da Vara Agrária de Marabá. Em conseqüência de desentendimentos com a advogada do fazendeiro, a juíza da Vara Agrária de Marabá se julgou suspeita para atuar no caso e o processo foi enviado para a Vara Agrária de Redenção.
“Os lotes do assentamento foram comprados, de forma ilegal, pelo fazendeiro Evandro de Deus Vieira e anexados à Fazenda Santo Antônio, diz nota da Comissão Pastoral da Terra da diocese de Marabá e Fetagri  Regional Sudeste. O despejo, que deveria ocorrer apenas na área da Fazenda, se estendeu também para os lotes do assentamento que haviam sido retomados pelo Incra e as famílias assentadas. Todas as famílias residiam ali a quase 7 anos e estavam cadastradas no programa de reforma agrária. A ação de despejo terminou no dia de ontem.”
Prossegue a nota:
“Contrariando orientações acordadas entre a Ouvidoria Agrária Nacional e o próprio Tribunal de Justiça do Pará, quanto à atuação das varas agrárias, o juiz de Redenção deu ordens para a realização do despejo: sem realizar uma perícia para dirimir a dúvida sobre a área da fazenda e a área do assentamento, sem realizar uma reunião prévia para informar as famílias da data de início do cumprimento da liminar, sem dar prazo para que as famílias encontrassem outro lugar para transferirem seus pertences, sem informar ao Incra e a Ouvidoria para que para que providenciassem transporte para as famílias, lonas para erguerem barracos e cestas básicas para a alimentação das famílias.
Como nada disso foi feito, o transporte foi fornecido pelo próprio fazendeiro. As famílias foram impedidas de permanecerem juntas e erguerem acampamento em um assentamento do Incra próximo do local. Até as tábuas das casas feitas na área do assentamento, as famílias foram proibidas de tirarem e levarem consigo por que os motoristas dos carros da fazenda exigiam Notas Fiscais de compra das tábuas. Na verdade, a medida era para dificultar a construção de outra casa por parte das famílias e deixá-las ao relento.
Devido ser uma área de assentamento e estarem aliquase 7 anos, as famílias tinham muita produção de mandioca, cana, banana, hortaliças, criação de pequenos e grandes animais além de uma boa infraestrutura de casas, cercas etc. Quase 100 crianças estavam freqüentando as aulas. Sem terem para onde ir, sem poderem erguer acampamento, sem as tábuas e sem lonas para reconstruírem as casas, sem terem para onde levar os animais e sem poderem levar a produção, a polícia deu prazo de 24 horas para que todos desocupassem a área. Foi preciso a intervenção do advogado da CPT para que as famílias pudessem ao menos carregaras  as tábuas.
As irregularidades serão informadas à Ouvidoria Agrária Nacional, ao Tribunal de Justiça e demais órgãos competentes. A Fetagri e a CPT exigirão do Incra medidas jurídicas urgentes para que seja garantida a volta das famílias a área do Assentamento.”

3 comentários:

Anônimo disse...

TAPAJÓS E CARAJÁS DEVEM SER EMANCIPADOS.
SERÁ BOM PARA O PARÁ, SERÁ BOM PARA O BRASIL.

“A criação dos estados do Tapajós e Carajás é o maior projeto de desenvolvimento econômico do País que se discute hoje, temos que levar em conta os benefícios da região Norte e da Segurança nacional da Amazônia, acredito que esta estratégia que os municípios estão articulando, tem que ser feita urgentemente já que o nosso tempo é de cerca de 4 meses, para a realização do plebiscito”, Chega de colonialismo, vamos desenvolver a região do Tapajós e Carajás com mais política de investimentos e crescimento.

Anônimo disse...

Para um desenvolvimento igualitário da Amazônia paraense

Artigo do professor Hélvio Arruda, Diretor Geral das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), em Santarém

Professor Hélvio Arruda
A emancipação dos Estados do Tapajós e Carajás não é um mero caprichodos santarenos e marabaenses, vai muito além disso, na realidade busca-se uma distribuição menos desigual dos recursos financeiros empregados no Estado do Pará, considerando a falta de provimento dos seguidos governos de nosso Estado, preterindo estas regiões em detrimento de outras.

Com relação ao futuro Estado do Tapajós, cuja população se aproxima de 1.700.000 pessoas, as distâncias dentre as cidades e lugarejos do oeste do Estado do Pará é considerado o principal motivo da inércia das administrações públicas nos últimos cem anos. A distância entre a Capital do Estado, e a cidade pólo desta região oeste, Santarém, é de aproximadamente 800 km em linha reta, com acesso apenas via aérea ou fluvial, considerando que as rodovias Santarém X Cuiabá e Transamazônica, as quais foram “inauguradas” há 40 anos, nos seus respectivos trechos no Estado do Pará ainda não há asfalto, inclusive as pontes existentes, em sua maioria, são de madeira, inviabilizando qualquer previsão de “chegada” em uma viagem via terrestre. Vale ressaltar que a mesma rodovia (Santarém X Cuiabá), no trecho do Estado do Mato Grosso, está duplicada, com asfalto de primeira qualidade.

O custo do transporte aéreo inviabiliza o deslocamento da população menos favorecida. Quanto ao transporte fluvial, o custo é menor, porém o tempo de viagem (mais de 2 dias), compromete o deslocamento.

A ausência do Estado também é sentida com a falta de água potável nas residências da maior cidade da região, Santarém. Apesar do subsolo rico com o segundo maior aquífero do Brasil, quem não tiver seu próprio poço, fica à mercê da companhia de abastecimento estadual.

São regiões desguarnecidas, abandonadas, sem a presença do Poder Público, as quais merecem uma atenção especial.

Quanto ao custo da implantação dos novos Estados, que sejam enternecidos entre o que será produzido nas regiões desmembradas e pelo governo federal, o qual tem a obrigação de investir no desenvolvimento igualitário da Amazônia Paraense.

Anônimo disse...

Vamos pessoal.Hoje vamos nos libertar do Pará,amanhã do Brasil.Afinal de contas somos a riqueza maior do Brasil e o exemplo de abandono do governo federal também.Como na Africa Central,se não der no plebiscito vamos nos insurgir,botar um destes "lideres "(só vale se for um dos que estão discursando agora) no governo e (a)fundar um novo país.Que tal o nome:Republica Independente de Macunaíma(sei não,o palpite é meio paulista),mas pode ser escolhido em novo plebiscito.