Sonhos prosaicos

Com  “um grande e odorífico (mercê da Azulão Mauritânia) abraço”, recebo do amigo e colega Dr. Plínio Pinheiro Neto, a hilariante coluna de despedida de Hamilton Gualberto, colunista de jornal de Belém. Os destaques (em itálico) seriam assinados por milhares de leitores e torcedores do que resta dos clubes paraenses. Antes que me esqueça Azulão Mauritânia é a limpa-fossa que está cagando no rio Itacaiúnas. Tinha que ser azul, né?

Vejam aí:

Lições

Quem freqüentou os bancos da UFPA no curso de Comunicação Social e foi aluno da notável professora Regina Lima aprendeu que o jornalismo abomina a primeira pessoa. Há colunistas, porém, que desconhecem esse comezinho princípio e se fixam no 'eu'.

Cara nova

Hoje, porém, a Coluna vem com cara diferente. O trabalho iniciado há onze anos no Amazônia Jornal deu-me a certeza de que a mídia impressa ainda é a fonte informativa mais completa, embora a velocidade do rádio às vezes enfraqueça os efeitos da notícia.

Clubismo

Tentamos passar aos leitores do Amazônia Jornal um noticiário recheado de bom humor, com informações exclusivas, sempre voltado para a responsabilidade. A preferência clubística ficou em segundo plano, preterida pela segurança informativa.

Unanimidade

Obviamente, nem sempre agradamos. Quer pela contundência narrativa, quer pela crítica mordaz. É difícil a concordância de todos. Mas da maioria, foi possível. Os internautas estiveram impossíveis, porém, a convivência foi salutar. Obrigadíssimo.

Até breve

Despeço-me temporariamente. Saio por um ano, período em que pretendo resgatar a credibilidade de uma das maiores instituições esportivas do país, agonizante, mas ereta. O Clube do Remo precisa voltar aos seus dias de glória e esse compromisso me aflige.

Experiência

Mais experiente do que nos anos 90, quando empunhamos a bandeira azulina com algum êxito, pretendemos reviver, junto com os sofridos torcedores, a grande trajetória que marcou a administração Ubirajara Salgado, de vitórias e conquistas. Bons tempos!

Terceiro Tempo

 Em agosto de 2012, no retorno à coluna, é possível que os fatos sejam os seguintes: 1) o Paysandu esteja disputando a Série B; 2) o Clube do Remo seja o campeão paraense e integre a Série D; 3) o São Francisco, de Santarém, seja um dos partícipes do Parazão.

 E mais: o Independente de Tucuruí se firma como uma grande força local; o Águia de Marabá tenha um treinador profissional; a Tuna concorra, ponto a ponto com os dois 'grandes' da capital; o Cametá confirme que veio para ficar. Sonhos que vamos ter.

 E finalmente: que Remo e Paysandu voltem a decidir o título, mostrando a grandeza das duas instituições, ao lado da Cruz de Malta. Para isso, é preciso que os dirigentes sentem à mesa, deixando a rivalidade para os jogadores e principalmente para a torcida.

 A pelada vai ficar órfã de notícias. Mas Sérgio Noronha e Abner, aqui na casa, não deixarão a peteca cair. Abraços a Jabuti, Maradona, Presidente Lulu, 'seu' Nono, Beto, Pastor, e tanta gente boa. Um abraço agradecido. Volto em breve. E com força.

 O pessoal da AP também vai sentir, mantendo as tricas e futricas que enxertaram a hilariedade da Coluna. O Senadinho continuará com o trabalho crítico dominical. Guto, Acácio, Laércio, Joaquim, Rui, Amintas e os demais permanecerão incólumes.

 Um aviso a uma figura do pano verde dos pirangueiros: as maledicências já ultrapassaram as fronteiras da mesa de jogo. Agora será com a justiça. O informante entregou tudo, inclusive os demais presentes, que riam à toa. Vem chumbo grosso aí!

 Por hoje e até agosto de 2012, é só. Forte abraço.