Os dois principais newspapers de Marabá destacam hoje , 29 de setembro , o Dia do Jornalista . Ambos deram página inteira destacando o amor à profissão , suas dificuldades de trabalho e da falta de melhor valorização profissional .
O Correio do Tocantins também recebeu as homenagens dos leitores e anunciantes pelos seus 28 anos de existência , registrados no último dia 15 de janeiro .
De minha parte , na data recordo e homenageio um dos maiores repórteres da América Latina – Lúcio Flávio Pinto , que me levou para a redação da Província do Pará no remoto ano de 1972, descortinando o mundo surpreendente de adrenalina , magia , perigo , aventura , dificuldades de toda ordem levantadas a partir do instante em que se ergue o denso manto que cobre os incontáveis interesses subjacentes às relações de poder na sociedade .
“O poder de um jornalista , diferentemente de um bandido ou de um policial , que são seus interlocutores , deve derivar apenas da sua inteligência , do potência da sua dialética , dos métodos de investigação que utiliza e da ética que delimita o seu campo de atuação . Com essas características , ele é um dos elementos fundamentais da democracia . Tem a missão de confrontar o poder , pondo em cheque as versões oficiais , identificando os fatos , desmascarando as farsas e tratando de transformar a informação num bem do patrimônio coletivo . Para que cumpra esse papel , o jornalista é, por definição , um outsider, um auditor dos poderes constituídos, um remador contra a maré do conformismo e da submissão , um fiscal do povo , um auditor da sociedade .
Ao lidar com todos os estratos da sociedade , em todos os lugares , em qualquer situação , atravessando cordões de isolamento , penetrando os grossos volumes da burocracia , destripando as contas e os códigos , indo atrás de cada um dos personagens do acontecimento da ocasião , o jornalismo se torna uma via específica de conhecimento , um caminho heurístico próprio , a forma de poder mais democrática e eficiente ao alcance do cidadão . É assim que se explica a frase aparentemente inconseqüente de Millôr Fernandes, o mais sábio dos sábios humoristas: “jornalismo é oposição , o resto é armazém de secos & molhados .”
4 comentários:
Uma homenagem a Toninho Alvarenga assassinado pelas oligarquias de Marabá na década de 80!
Bem lembrado, das 19:21!
Toninho Alvarenga foi assassinado pelo pistoleiro Olavo. Anos depois, Olavo foi assassinado na região de Xinguara, se não me engano, onde era, diz-que, "fiscal de fazenda", doce nome de pistoleiro de aluguel. Tomou 80 tiros de espingardas e ficou duas semanas apodrecendo numa vicinal, que os colonos não deixaram ninguém se aproximar por todo esse tempo para resgatar o corpo.
Até hoje ninguém o homenageou,assim como ninguém, naquele tempo, tentou apurar o crime.
Valeu sua lembrança.
Mano velho, por favor faça a correção. Dia do jornalista, 29 de janeiro e não de setembro. Em tempo,felicitações.
Obrigado, Laércio. Não sei de onde saiu este setembro aí.
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